sábado, 12 de novembro de 2011

De quando erramos o alvo


"Julgai se é justo diante de Deus ouvir-vos antes a vós outros que a Deus".  (Atos 4:19)


'Fui constrangido por tanto amor
Ele não se importou com meu estado envergonhado
Cristo simplesmente me amou'

Eu fico encabulada pensando, procurando um motivo que me dê um pouco de lógica para o fato de que quando as pessoas pecam, quando eu me afasto do centro da vontade de Deus o primeiro pensamento que me vem é 'o que as pessoas pensarão disso'?
Me lembro do missionário Breno Vieitas dizendo que etimologicamente falando, pecado é 'errar o alvo'. Tomamos o pecado de uma forma tão moral ultimamente, é quase como quebrar regras que a nossa sociedade pagã impõe. Pecar é cometer um crime contra Deus.
De forma alguma acredito que pecar é algo bom. Mas veja bem, pecar é 'errar o alvo'. Socialmente falando eu posso errar o alvo e continuar sendo aceita. O que não consigo entender é como pecar geralmente afeta mais minha vida moral que minha vida com Deus.
Então eu temo mais o que os homens pensam de mim do que o que meu Criador maravilhoso pensa?
Eu temo muito mais ser apontada na rua por essa ou aquela falha do que errar o alvo com Deus?
Peço perdão então Senhor. Peço perdão porque me deixo influenciar de tal forma por esse mundo que me distraio do meu alvo que é glorificá-lo, porque caio e ainda assim não volto os olhos ao céu porque estou focada aqui, tentando desviar a atenção dos outros.
Fecho meus olhos e peço que o Senhor me perdoe porque por medo de pecar com os outros eu encubro os meus pecados e me afasto mais de Ti, por medo de ser rejeitado, de ser 'constrangido' eu visto a minha máscara de perfeição, coloco minha fantasia de não-pecador e não me arrependo, não me lembro do sacrifício que foi feito por meus pecados, aqueles que a sociedade não pode saber porque me julgaria.
Me envergonho Pai porque sou tão baixa a ponto de me preocupar com tais mesquinharias quando Jesus foi parar naquela cruz, foi humilhado, sofreu tudo que sofreu sem merecer nada. E eu que mereceria castigo pior tenho tanto medo de mostrar e assumir que sou pecadora que prefiro me afastar. Prefiro tentar levar as pessoas ao seu altar fingindo uma vida de santidade, não usando o método eficaz e mostrando a cruz em que meu Salvador foi pregado.
Eu me iludo com as boas novas Pai. É tão maravilhoso me sentir próxima, mas permita Senhor que eu jamais me esqueça que sou falha. Que em pecado fui concebida. Que eu nunca vou ser digna do pó dos seus pés, mas que o Amor que o Senhor me tem é tremendo, mesmo sendo tão pouco merecedora.
E permita Pai que eu não tema o pensamento dos outros, que eu não julgue o meu pecado maior ou menor do que o de ninguém, que eu não julgue, simplesmente. E que quando os outros me julgarem eu pense que tenho um Mediador entre eu e o Senhor e tal Mediador falará por mim se meu arrependimento for sincero.
Me ensina Senhor, me ensina que errar o alvo é pior do que quebrar convenções morais. Me ensina que o primeiro pensamento precisa estar em Ti, porque foi para te louvar e adorar que fui criada.
Perdão Pai, perdão porque querendo ser aceita por uma sociedade religiosa eu me senti melhor que Jesus e por um momento talvez tenha achado que a cruz que me pregariam não tinha o meu tamanho. 
Ela era minha.
Teu amor me constrange Pai. Obrigada por me aceitar assim, sem máscaras, sem falsa santidade, só cheia de amor e de vontade de fazer a minha vida Sua.


(Canção citada: Carpinteiro - Aline Barros)

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

DaquEle que é o Caminho certo



'O menininho era todo torto
Só andava no caminho torto
Mas um dia ele a Bíblia achou
E tudo que era torto
Jesus endireitou'.

Era uma vez uma menininha torta.
Era uma vez um Homem reto e puro e santo, que morreu na cruz por essa menininha.
Durante toda a vida dela o nome dEle foi dito, proclamado por diversas pessoas, mas os ouvidos dela, assim como todo o resto, tinham defeitos de fábrica.
Um dia, ela acreditava ter sido por teimosia, resolveu aceitar um convite para mais uma vez ouvir histórias sobre aquele Homem e sua vida que de tão perfeita parecia àqueles olhos tortos dela algo surreal, inventado.
E naquele dia Deus tinha um propósito maior para a vida torta dela, Ele queria ser chamado de Pai por aqueles lábios, queria que ela enxergasse que não era um Deus morto, mas um Pai maravilhoso, vivo e operante!
Quando ela foi pra casa tentou não passar pelo caminho torto, quando chegou tentou não pensar torto, tentou se endireitar diante do espelho e descobriu que isso só seria possível mediante uma bula... Era simples, havia uma bula, um manual para se seguir e deixar de ser torta!
Quanta alegria descobrir que havia salvação!
Lá no fundo do armário ela encontrou uma Bíblia, e leu, e leu, e leu.
Durante uma semana a cabeça dela parecia algo absolutamente novo, correu e procurou a ajuda de menininhos que já tinham sido tortos, eles podiam explicar porque às vezes era complicado se endireitar, podiam mostrar quais caminhos eram mais apropriados...
E as pernas foram se aprumando de acordo com os preceitos daquEle Homem, lá do começo da história, aquEle que tantas vezes ela recusara.
Os olhos já enxergavam melhor, a voz já falava sobre a vida do Filho do Homem e ela foi aos poucos entendendo que torta seria para sempre, perfeição só havia em Jesus.
O necessário era sempre ter em vista o sacrifício na cruz.
Hoje em dia aquela meninha torta continua se esforçando para se endireitar e por isso resolveu criar um espaço novo, um espaço que exista com o objetivo único de falar daquEle que é o Caminho, a Verdade e a Vida.
Quem sabe assim mais pessoas tortas não consigam entender o Amor de Deus que é tão soberano, tão capaz de transformar vidas?
Espero que Senhor derrame sobre ela unção e a abençoe. E que você que começou lendo essa história esteja agora aqui, terminando, ciente de que Deus é suficientemente soberano e poderoso para mudar nossas vidas.
E que a glória seja ao Único que é digno de recebê-la, para sempre e sempre.
Amém.